Outubro de 2023 (atualizado em 07/12/2023)
Por José Manuel Barbosa da Finanblue Asset
Neste artigo vou mostrar alguns exemplos elementares sobre a o nascimento e a evolução de um modelo de fintech enxuto, eficiente e rentável.
Utilizo uma abordagem mais leiga, para atender o público que ainda não trabalha diretamente no mercado de capitais, mostrando que há diferentes modelos de entrada, ciclos evolutivos diferentes e que trata-se de um negócio que está ao alcance de muitos empresários e investidores que não sabem que podem ter um mini-banco* adormecido em sua organização.
Após a publicação das resoluções CVM 060/2021, 194/2023 e da lei 14.430/2022, conhecida como o Marco Legal da Securitização, fazer parte do mercado de capitais e se tornar uma Fintech, tornou-se algo viável e escalável, mesmo começando com investimentos em montas menores.
Neste material vou apresentar os modelos mais comuns de organizações para entrada nesse mercado, onde destaco a Securitização, que é uma estrutura enxuta, flexível, aderente a maioria dos cenários, de baixo custo e adequada para quem deseja ingressar no mundo das fintechs.
O trabalho da Finanblue Asset começa no nascimento da Fintech, na criação do seu CNPJ, estatuto, emissões para os investidores, normas, controles, sistemas, desenvolvimento dos produtos, apoiando com muitas experiência e boas práticas, cada etapa de crescimento e tração.
Um excelente leitura e se desejar saber mais, entre em contato conosco.
O primeiro passo para ser uma fintech de baixo risco.
Qualquer empresa que possua ou faça parte de um ecossistema de consumo, pode antecipar os recebíveis gerados nessa cadeia.
Desde os insumos, transportes, transformação, terceirizações, a venda final e até títulos vencidos podem ser antecipados.
Em geral são transações realizadas por ESC, Factoring, Securitizadora, FIDC, Banco e outras Instituições Financeiras.
Existem regulações específicas sobre esse tipo de antecipação, que é uma operação de cessão de crédito, bem como regras contratuais e também sobre o trato das garantias, quando existirem.
É comum também uma empresa solicitar um desconto comercial aos seus fornecedores para antecipar o pagamento alongado, porém este caso trata-se apenas de uma negociação mercantil, não podendo essa empresa, usufruir os benefícios tributários e financeiros desse desconto, pois ele não é caracterizado nem como deságio, ou juros, ou seja, não é uma operação de crédito.
Sim, existem benefícios tributários que podem gerar receitas financeiras, tarifas que podem ser cobradas nessa transação e taxas que podem variar conforme o tipo de operação.
Qualquer empresa pode realizar essa antecipação, seja por meio de um desconto comercial, ou através de uma cessão de crédito.
Cada formato tem as suas vantagens e o apetite para embarcar nessa jornada, está totalmente relacionado a vocação da empresa, dos empreendedores, técnicos e segmentos envolvidos.
Em geral, a antecipação de recebíveis é uma operação mais segura, com garantias mais consistentes e riscos menores.
Conforme a estrutura social arquitetada, é uma empresa de baixo custo, enxuta e ágil.
E considerando os tipos de recebíveis e possibilidades, é importante planejar a constituição, estruturas, sistemas e processos, para que cada passo conduza essa empresa com sucesso ao crescimento.
Como a Finanblue Asset pode te ajudar nesta etapa:
Materiais de referência da Finanblue:
Mais produtos para conquistar novos mercados e clientes e buscar o melhor ganho que existe: Os juros!
Observe se o ecossistema onde você está inserido possui demandas além da antecipação de recebíveis.
A ESC, Empresa Simples de Crédito, dentro do regulatório pode conceder empréstimos, porém, há limitações.
Já a Factoring, Securitizadora e FIDC não podem conceder empréstimos ou financiamentos, sendo permitida apenas a antecipação de recebíveis.
Entretanto, é possível que estas organizações se utilizem de uma Instituição Financeira para conceder esse tipo de crédito.
É possível negociar diversos produtos, onde os mais populares são:
Existem outros produtos de crédito, como para Precatórios, Transportes, Energia, entre outros.
Nestes casos as fórmulas de cálculo podem variar conforme o produto, podendo haver carências, prazos variáveis de pagamento, balões, entre outras características.
Além das taxas, tarifas e outros custos que podem ser cobrados, a maior rentabilidade está na receita proveniente dos juros recebidos.
Para operar estes produtos é possível ser um Correspondente Bancário de uma Instituição Financeira, utilizando o capital dela. Porém para utilizar o capital da securitizadora será necessário falar de Bancarização, que estará logo adiante.
Como a Finanblue Asset pode te ajudar nesta etapa:
Crescendo de forma constante, profissional, regulada e enxuta.
Relembrando, o credor, seja ele Factoring, Securitizadora ou FIDC só podem antecipar recebíveis. Porém, utilizando uma estrutura bancarizada, ou seja, de uma Instituição Financeira, é possível gerar um Título de Crédito.
São Títulos de Crédito:
De forma simples, o credor comprará um desses títulos da Instituição Financeira. Esse título é um recebível. Com isso a operação estará regular do ponto de vista legal e contábil.
Esse título quando preparado, é como um contrato de financiamento, apresentando o valor total, taxas, parcelas, descrevendo balões se existirem, regras de amortização antecipada, carências, demonstra as garantias que podem ser alienadas e todos os demais detalhes.
No momento em que o credor compra o título, ele deposita o dinheiro no banco ou instituição que o originou. Por sua vez, este retém as suas tarifas e taxas, transferindo o valor líquido para o devedor, também conhecido como tomador.
O devedor pagará mensalmente ao credor, conforme as regras estabelecidas nesse título.
Este procedimento deve obedecer algumas regras contábeis e tributárias, merece especial atenção às garantias e a forma com que o sistema de gestão armazenará esses registros para processar os pagamentos e apropriações mensais.
Vale comentar, que a antecipação de recebíveis é um procedimento de crédito mais simples, de curto prazo e que requer controles menos complexos.
Já uma operação bancarizada precisa de uma retaguarda de sistemas e pessoas apropriadas, para que nenhum dado se perca, nenhum atraso ocorra e se ocorrer, os protocolos e processos atenderão a situação com excelência.
A Finanblue oferta os sistemas prontos, que podem ser personalizados, também conhecidos como BaaS e White Label.
Para cada caso, o desenvolvimento de um plano de negócios justificará a necessidade e viabilidade de cada uma dessas estruturas.
Como a Finanblue Asset pode te ajudar nesta etapa:
Estratégia, organização, transparência e agilidade.
Nenhum negócio prospera sem gestão, sem eficiência, boas pessoas, conhecimento, processos e principalmente, sem um planejamento consistente.
Um FIDC já nasce super planejado. Isto porque há uma estrutura exigida pelo BACEN, pela ANBIMA e CVM que visa proteger os investidores, como duas auditorias, um banco custodiante, uma Gestora, uma Administradora, entre outros. Tudo isso para garantir que 100% do que foi combinado com os investidores seja cumprido, mesmo em se tratando de uma oferta privada.
E a Securitizadora?
Após o Marco Legal da Securitização, muitas factorings, Instituições Financeiras, Family Offices, projetos, startups, fintechs, varejistas e empresas de todos os portes, criaram securitizadoras para antecipar recebíveis, conceder crédito, financiamentos, atrair investidores, usufruir dos benefícios fiscais e tributários na sua cadeia de valor, mas principalmente, para tratar o Caixa como uma Tesouraria. Essa segregação de caixa eleva os resultados financeiros da empresa, fortalece o patrimônio, melhora o desempenho e multiplica o dinheiro.
Independente do volume financeiro que a securitizadora poderá transacionar, trata-se de uma estrutura de baixo custo, que não requer cumprir as exigências caras de um fundo, tem uma manutenção mais simples e pode prover ofertas públicas e privadas. A maioria, das pouco mais de duas mil das securitizadoras em operação no Brasil operam com ofertas privadas.
Instrumentos, normas, contratos, processos, sistemas e fornecedores serão necessários, portanto, haverá um investimento mensal, contudo ele é facilmente absorvido pelas receitas, que além de custearem a operação, os administradores, a estrutura, compras, entre outros e também remunerará os investidores.
Em uma linguagem não técnica, comumente observamos três tipos de securitizadoras:
Securitizadora Hereditária:
Aquela que nasceu de uma ESC, Factoring e até de um FIDC já existente. Já possui uma carteira de clientes, processos, boas práticas e em grande parte, os investidores são os próprios sócios da empresa e em uma securitizadora, se tornaram os debenturistas.
A sua adaptação ao modelo de securitização é mais rápida, embora os sistemas, procedimentos, instrumentos e rotina sejam completamente diferentes. Simplesmente mudar o modelo societário para uma securitizadora e operar crédito como é feito numa factoring, é a receita para colher um problema legal, fiscal, contábil ou tributário logo adiante.
A Securitizadora possui muitas vantagens em relação a ESC e a Factoring, portanto, essa migração é algo natural no ciclo de vida dessas organizações.
Securitizadora Satélite:
É uma securitizadora que está conectada a um grupo econômico, por exemplo, para prover vantagens tributárias no financiamento do ecossistema, além de gerar novas receitas financeiras e também, aquela que está conectada em uma ou mais Instituições Financeiras, como Banco, SCD, SEP, IP, Gestora, Administradora, Seguradora, Consórcio, DTVM, FIDC, entre outros, para que certas operações que não correspondam ao padrão do regulamento daquela instituição, possam ser realizadas em conformidade, governança e lisura.
Securitizadora Startup fintech:
De diversas origens, inclusive para projetos fechados e pontuais, ela nasce com um foco bastante específico, com uma arquitetura de negócios bem elaborada, produtos de investimento e crédito bastante estruturados, um ótimo planejamento e parcerias sólidas com outros entes do Sistema Financeiro Nacional, para ser enxuta, eficiente e ágil.
Por exemplo, startups populares do mercado que oferecem crédito imobiliário, são securitizadoras.
A jornada de uma securitizadora entrante:
Estas duas últimas, as Securitizadoras Satélite e Startup percorrem uma jornada de escala gradativa, bem planejada, com investimentos altos no inicio da vida, para logo depois encontrarem a tração na diversificação e escala.
Para a maioria desses casos observamos que o empreendedor tem principalmente duas das três competências essenciais para o sucesso desse negócio:
Observando algumas das centenas de fintechs que estruturamos nos últimos anos, percebemos que algumas compartilham de uma barreira de crescimento comum: A rotina operacional.
A rotina operacional em geral consiste basicamente em:
E nesta rotina que vimos muitas startups promissoras morrerem.
Nesta mesma rotina vemos empreendedores de securitizadoras dedicarem um tempo precioso, para fazerem por si mesmos estas atividades, e reduzindo o tempo de relacionamento com investidores e clientes. Este tempo tem limitado o seu crescimento.
Algumas sugestões sobre como resolver isso e eliminar as travas de crescimento:
Para ter sucesso foque no que você é bom. Não erre, seja ágil e tenha relacionamentos de excelência com os seus investidores e clientes.
Ser eficiente no mercado de capitais, seja através da antecipação de recebíveis e/ou por meio de produtos mais complexos é uma exigência inegociável, pois sem essa eficiência, o investidor não realizará o seu resultado, o empreendedor não conseguirá prosperar e as contas não vão fechar.
Como a Finanblue Asset pode te ajudar nesta etapa:
Construa ofertas atrativas e assegure o seu crescimento.
O credor, qualquer seja ele Factoring, Securitizadora ou FIDC pode ter investidores.
Há algumas diferenças. Vamos as principais:
Nos casos da Securitizadora e do FIDC o risco é atribuído aos investidores, todavia é possível gerar emissões com riscos maiores, menores, isenções, bônus, entre outros padrões reconhecidos pela regulação.
Conforme o perfil dos investidores e dos produtos de crédito, há uma boa variedade de produtos de investimentos que podem ser criados. As ofertas dos produtos de investimentos basicamente são divididos em duas categorias:
A Oferta Pública deve ser registrada na CVM e existem regras a serem seguidas como, auditoria, visibilidade aos investidores, entre outras. Também é possível fazer publicidade sobre esse produto de investimento e recorrer aos balcões de negociação, corretoras, agentes, entre outros.
Já a Oferta Privada, da mesma forma que a pública, é arquivada na Junta Comercial do Município, porém ela não é registrada na CVM. Com isso não é possível fazer publicidade sobre a oferta, nem angariar investidores publicamente. A apresentação deverá ser feita no "corpo a corpo".
Conforme o perfil dos investidores e há vários, as ofertas privadas representam a maioria esmagadora do mercado de capitais, da antecipação de recebíveis e estão distribuídos principalmente entre Securitizadora e FIDC.
E como mostrar que o produto de investimento de uma Securitizadora com oferta privada é atrativo, confiável e seguro, frente a enormidade ?
Como a Finanblue Asset pode te ajudar nesta etapa:
Materiais de referência da Finanblue: